segunda-feira, 15 de julho de 2013

Caminhando de taubatexas pra Bolívia com uma escala em Floripa...o percurso da rebeldia.

Estes dias estive conversando com um pessoal sobre o MPL e as mobilizações de junho e pensei o quão importante pra  mim foi ir pra Floripa em 2005. Eu cheguei no segundo semestre, logo depois da revolta da catraca. A UFSC estava em greve, não tive aula, ou melhor, a minha primeira aula foi uma assembléia estudantil. A segunda ou terceira seria a ocupação da reitoria, uma aula que durou 3 meses mais ou menos. Sempre ouvi bastante dos ecos da revolta da catraca, o clima de uma revolta daquele tamanho não desaparece imediatamente e com certeza os baderneiros daquela greve, grandes amigos que eu fiz, estavam hébrios deste clima revoltoso.
O MPL só viria a ser criado no ano seguinte mas foi uma influência direta destas mobilizações e de militantes de Floripa que propuseram a criação do movimento. Eu sou filho daquela greve de 2005, mas sou neto da revolta da catraca.
A caminhada pra fora da ilha me levou a outra experiência muito foda, que lembro com muito carinho. Queria que a Chirriro, o Fi e a Ma lembrassem comigo disso. Em 2007, na Bolívia, outra dose de rebeldia que me alimentou o espírito vândalo. A primeira experiência de luta de massas, fora do Brasil. Foi bom! Ódio de classe, desobediência civil e sangue nos zóio.
Aqui em Campinas encontrei mais uns tranqueras pra caminhar junto. Mas não consigo esquecer a escola que foi estes dois momentos de rebeldia nos primeiros 2 anos fora do ninho...

Esse documentário mostra o conflito naqueles dias que estivemos em Cochabamba, primeira manifestação de massas que vi na vida. Clima de guerra civil.

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